
Ritmo que diluiu o samba não contribui para enobrecer a população pobre na Bahia
O pagode baiano tem como ênfase o erotismo e as letras de duplo sentido, que
sugerem o preconceito e a violência contra a mulher.
Feito aos moldes comerciais que garantam rápida venda de discos, embora não tenham
a menor importância artística. Alguns "intelectuais" porraloucas, desses que acham que
“lixo pode ser luxo”, dão valor ao pagode, a ponto do rebolado de Carla Perez ter sido
considerado por uns como
“expressão da libertação feminina”, quando o que ela fez foi
simplesmente desempenhar o
papel de boazuda que, ao contrário que uns disseram,
pregava, isso sim, um papel
subserviente aos instintos sexuais machistas.
Muitas pessoas podem julgar um exagero, mas o pagode demonstra ser uma manifestação
sutil de racismo e de humilhação social que mantém a população pobre sob domínio das políticas
populistas e impede sua evolução. A vulgaridade e o baixo nível do pagode BAIANO são
características marcantes, quanto mais vulgar e preconceituoso, mais popular se torna.
Isso ilustra como é importante a falta de cultura das pessoas para os meios que lucram com este
lixo, e para os próprios integrantes destes grupos de "pagode baiano", que na sua maioria sairam
das comunidades que eles agora tentam manter na ignorância.
Parece que para as rádios baianas e outros setores da mídia o negro é destinado a tocar percussão e cavaquinho, a rebolar no palco ou a vislumbrar moças rebolando, diversões que servem de “tranqüilizante” diante das dificuldades de inserção no mercado de trabalho e no
aprimoramento educacional.
A ideologia do pagode também explora o povo como se ele fosse um “bobo alegre”, um idiota,
desprovido de inteligência e senso crítico, principalmente no pagode baiano, onde o vocalista é
um mero "animador" de platéia com seus refrões apelativos, repetidos à exaustão para
adestrar os "animais" que ali se encontram.
Quanto ao povo pobre em geral, o pagode dá uma sensação de conformismo e até satisfação
com a miséria, principalmente por parte da juventude, que dissolve toda sua energia em prol de
um ritmo extremamente vulgar, malfeito e cafona.
O cantor, poeta, politicamente incorreto, semi-deus, Caetano Veloso, rasgou elogios ao pagode
baiano, segundo ele a nova geração do ritmo alia a diversão com a consciência social e cultural,
caralho!!!,
consciência social e cultural? Rala a Xana no Asfalto? Desce com a Mão no Tabaco? É só violência contra a mulher, que sofre em casa, no mercado de trabalho e principalmente na sua alto-estima.
Temos que tomar cuidado para não acabarmos transformando a violência contra a mulher em uma coisa tolerável,
o pagode baiano é lixo sim, Lixo Hospitalar, que não pode ser reciclado, tem que ser incinerado para não corrermos o risco da contaminação.
Contaminação pela violência, por falta de cultura, por pré-conceito, mas, o ouvido é seu e você empresta ele para o que você quiser, até mesmo para servir de depósito de merda.
Na mais inofensiva das hipóteses, o pagode, se não corrompe aqueles que os ouvem,
promove uma péssima educação musical, viciando seu potencial de percepção.